Assim como diversas lendas, a lenda do "Eldorado" possui variadas versões. Uma delas, é a narrada pelo povo omágua.
Esse povo falava bastante de um lugar encantado, que existia no coração da floresta amazônica. Esse lugar era conhecido como Manôa. Os relatos dão conta que essa cidade ficava embaixo do Lago Parima, e possuía pirâmides imponentes e totens gigantescos, especificamente, um condor e um jaguar que ficavam na entrada do reino.
Nesse lugar, ainda existiam tesouros de valores incalculáveis, ela era toda ornamentada com pedras preciosas raríssimas e os telhados das casas eram folheados a ouro. Além do mais, os moradores exaltavam os deuses de pedra, os três irmãos: Akhaim, Akhanis e Akakor.
Certa vez, uma grande fome e uma grande seca assolou a aldeia omágua. Então, eles clamaram ao deus Inkarri, para que voltassem a ter prosperidade e bonança. Dessa maneira, Inkarri ordenou que em sacrifício jogassem no Lago Parima, a mais bela cunhã. Esse lago era a morada da serpente dourada Pachamama. Logo em seguida, Pachamama submergiu do lago sagrado com a cunhã toda banhada em ouro, e ao seu lado também emergiram vasilhas de ouro cheias de sementes.
Assim, chegava a fartura, a alegria e a bonança para a aldeia, e vida longa para os moradores de Manôa, a cidade do Eldorado.